Tono: G
Introducción:
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Boi magro e velhinho morrendo no pasto,
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Servindo seu dono na vida e na morte
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Seu último lucro agora é seu couro,
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Pois ele precisa de um laço bem forte
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Quando o couro é magro o laço é mais firme,
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Por isso o boizinho tem que emagrecer
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Ficou decidido seu triste destino,
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De fome e de sede precisa morrer.
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Seu couro trançado vai servir depois,
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Pra no mesmo pasto laçar outros bois.
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Cortaram-lhe a língua pra impedir que coma
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E perca a gordura que estraga seu couro
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Por isso não pode comer as pastagens
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Que cobrem de verde seus campos e morros
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Que triste martírio sentir a água fresca,
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Molhando seus cascos sem poder beber
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Tomara que o dono lhe mate depressa,
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Assim deixaria de tanto sofrer
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Seu dono é humano, por isso não sabe
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Que os animais também sentem dor
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Cortaram-lhe a língua pra morrer de fome,
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E fazer seu couro subir de valor
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Boizinho me ponho em sua defesa
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E grito às mais altas tribunas do céu
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Pra que Deus coloque com severidade
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Os seus assassinos no banco dos réus.