Tono: E
Introducción:
E
Naquela tapera véia que o tempo já distroçô
A E
morô Zé Dunga um pretinho valente, trabaiadô,
B7 E
foi o maió violero que Deus no mundo botô
B7E E
sua viola parecia um passarinho cantadô.
Trabaiava o dia intero feliz sem se lastimá
A E
mas quando a lua formosa no céu pegava a briiá
B7 E
toda gente arrudiava pra ver o preto cantá
B7 E B7 E
sua viola de pinho fazia as pedra chorá.
Acontece que a Carolina, cabocla esprito de cão,
A E
bonita como a sereia mais que muié tentação
B7 E
pra judiá do pretinho fingiu lhe ter afeição
B7 E B7 E
querendo que nem criança brincá com seu coração.
Coração de violero não é como outro quarqué
A E
é frágil que nem as pétlas de um mimoso mal-me-quer
B7 E
que cai com o vento das asas do beija-flô do Tié
B7 E B7 E
perde a vida quando a abeia vem pra lhe roubar o mé.
Por isso o pobre Zé Dunga magoado pela traição
A E
não podendo mais güentá no peito a grande paixão
B7 E
agarrado na viola e debruçado no chão
B7 Em B7 E
foi encontrado com um punhá cravado no coração.
Cifrada por Roberto Crescioni