Tono: F
Introducción:
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Andava de feira em feira, lendo a sina a toda a gente
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Ciganita feiticeira, linda como o sol poente
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De Moura a Vila Viçosa, de Estremoz a Montemor
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Jornada longa e penosa, que ela sabia de cor.
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Os seus olhitos errantes, magoados, sonhadores
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Eram o sol dos feirantes, estrela dos lavradores
D7 Gm E7 Am
Em todos tinha um amigo, como se houvesse fartura
Gm C7 F C7 F
De colheita e de ventura, nos seus olhos cor do trigo.
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E a Ciganita, das sombras humilde escrava
E E7 Am
Prometia a toda a gente, riqueza e felicidade
Bb C7 F
Tão expedita nas orações se mostrava
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Que o povo ficava crente, como se fosse verdade
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No entanto, na sua lida, do mistério desvendar
C7 F
A sina da própria vida, nunca soube adivinhar
F C7 F
Um dia, no seu labor, surgiu figura imponente
C7 F
Um moço da sua cor, mas de raça diferente.
F C7 Bb F
Palavras que nunca ouvira, ela ouviu, ela escutou
Bb C7 Bb F
Fossem verdade ou mentira, a jovem acreditou
D7 Gm E7 Am
Novo rumo, nova cruz, alcançaria por ele
Gm C7 F C7 F
E lá seguiu atrás dele, como a sombra atrás da luz.
F C7 F
Escorraçada, logo se viu, p seu povo
E E7 Am
O culpado foi-se embora, desgraçando a Ciganita
Bb C7 F
Desamparada, ás feiras voltou de novo
C7 F
A ler sinas como outrora, mas já ninguém acredita