Tono: G
Introducción:
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Vou contar o que aconteceu com um rico fazendeiro
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Um homem sem religião o seu Deus era o dinheiro
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Foi assim que ele disse no meio dos companheiros
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Na Aparecida do Norte que é a terra dos romeiros
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Na igreja entro a cavalo nesse meu burrão ligeiro
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Quem quiser fazer uma aposta tenho muitos mil cruzeiro
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Ele teve um resposta sem demora ali no meio
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De um véinho religioso que lhe deu esse conseio
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Na Aparecida do Norte nós devemos ir de jueio
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O coitado do véinho ele já surrou de reio
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Quero mostrá pra voceis que de nada eu não receio
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Saio daqui no meu burro só no artar que eu apeio.
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Ele saiu de viagem na Aparecida chegou
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Era de manhã cedinho quando a missa começou
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Chegando no pé da escada seu burrão arrefugou
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Sua espora sangradeira sem piedade funcionou
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O burrão foi judiado mais na igreja não entrou
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Se o dono não respeitava seu burrão arrespeitou.
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Esta cena verdadeira muita gente presenciou
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O burro deu um corcovo o seu dono ele matou
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O dinheiro compra tudo mais a morte não comprou
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A alma do fazendeiro com certeza não salvou
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Bem na porta da igreja onde o burrão refugou
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A marca da ferradura lá na escada ficou.