Zuruahá, há, há!
Zuruahá, há, há!
Zuruahá, há, há! Zuruahá
Ao som do kurimie e o canto dos espíritos
O ritual Zuruahá vai começar
Preces ao além nos versos de bramidos
Entidades sobrenaturais vem anunciar
Kunahã-Made, povo do veneno
Kunahã-Made, povo do veneno
Inua-Hixa, o grande xamã
Tomou forma de pássaro e foi ao além
Tornando-se um elo perdido
No mundo espiritual
O Zuruahá taciturno
Sonhou que seria imortal
E seguiu a trilha da lua cheia
Ao beber sumo de Kunahã
Raios e trovões no céu a duelar
É sinal que a serpente
No céu vai mergulhar
Arco-íris seu rastro nascerá
É o caminho que leva Asunã
Ao encontro dos Kunahã-Made
No templo da imortalidade
O escaldante caminho do sol
É o destino dos anciões
A maloca dos Zuruahá
É um elo de sublimação
Entre vida universo e criação
Zuruahá, há, há! Zuruahá, há, há!
É o veneno que dispara a flecha
Seu destino é a vida eterna
Zuruahá, há, há! Zuruahá, há, há!
É o veneno que dispara a flecha
Seu destino é a vida eterna