Você, você
Você, desaprendeu a rir
Mas não tarda para perceber
Você, desaprendeu a rir
E o riso é uma forma de viver
Você, a quem o não foi ensinado
Você, achando estar do lado errado
Buscou abrigo e provou sem duvidar
É a garantia de quem perde e não quer tentar
Você, entre o pecado e o perdão
Você, feita e refeita a lição
Tentou extremos e pousou sobre o comum
É o argumento de quem foge pra não ser mais um
Você, você
Você, desaprendeu a rir
Mas não tarda para perceber
Você, desaprendeu a rir
E o riso é uma forma de viver
Você, que desdobrou o acaso em dois
Você, nada além do que impôs
Deixou de lado o que podia oferecer
É a escolha de quem pede mesmo sem querer
Você, ao fim de tudo, indefeso
Você, o coração não vai ileso
Firmou os passos na distância que fingiu
É a descoberta de quem volta depois que partiu
Você, você
Você, desaprendeu a rir
Mas não tarda para perceber
Você, desaprendeu a rir
E o riso é uma forma de viver