E agora é a hora de contar a minha história e dizer por onde eu pude morar
Pois na verdade, eu sou um eterno nordestino e já sei desde menino o que esta terra pode dar
Cresci na sombra de juazeiros e também de cajueiros na certeza de que há
Muitas frutas e também muitas castanhas e até bichinhos novos que eu poderia criar
È uma terra onde existem muitos campos e também muitos encantos que nos levam sempre a crer
Que nossos sonhos, desejos e amores e até o que é incerto sempre pode acontecer
Das goiabeiras se avistam bananeiras, mas é da cajaraneira que eu mais tenho a lembrar
Das várias vezes que levava uma bronca e corria feito bola para o vizinho não pegar
Seriguela, araçá, acerola e também a graviola a gente muito tinha lá
Muitas galinhas, pato branco e peru, vaca preta e tiú que vivia a atormentar
Não esquecer dos açudes e riachos, cachoeiras e do mato que vinha fortalecer
Todas as flores e aroma de amores, borboletas e castores que vinham a comer
Mas agora eu só posso lamentar, pois neste instante da história, eu não posso mais voltar
Mas tenho fé e guardo no coração que algum dia ainda volto pra morar neste sertão;
De gente humilde e também esperançosos que das chuvas fazem arte pra criar a plantação.