Com minha mala no ombro chapéu de aba tapeada
Um pañuelo colorado e o pala da cor da geada
Quando o sol mostra o focinho entre os ramos da canhada
Eu já tô com as troxa pronta esperando na parada
A embarcação barulhenta se arrasta batendo lata
Levo lembranças amigas recuerdo, saludo e plata
Esta noite eu perco a doma e arrasto as alpargatas
Lá no rancho do Abrelino nos braços de uma mulata
De vez em quando quando posso
Dou uma voltita no povo
Tiro uns três ou quatro dias
De retoÇo com as guria
E volto pra estância de novo
Já paguei conta atrasada
sempre fui bom pagador
Segunda-feira bem cedo acordo lôco de pena
De não ter guardados um quilo dos carinhos da morena
Volto à estância novamente, pois esta vida é um confronto
Rebentando aspa de boi trompando égua dos encontro