Andando sem rumo pelas ruas da sua mente
Vários bairros vagos, casos raros, eloqüentes
Carretas transportando cocaína, heroína, adrenalina pra sua mente
Numa estrada esburacada, ultrapassada, mal amada, que desejava conserto urgente!
Num gole me engole, um poço fundo na minha frente
Corre! Me socorre! Vem um porre novamente
Paredes dissolvendo, me batendo, sempre ardendo, mas querendo um remendo
E lá vou eu subindo, quase rindo, destruindo, vou fingindo que não ligo
Quando os seus olhos olharam os meus
A cortina em sua retina enfim desceu
E finalmente pôde ver e simplesmente quis saber
O que de mal que te aconteceu!
E fui saindo pelas veias, quantas teias na corrente
Sangue impuro, tantos furos, sofre tanto que nem sente
E lá vou eu subindo, quase rindo, destruindo, vou fingindo que não ligo
Mas parei no coração, numa emoção, até que é bom! Tem solução, basta querer
É viver ou morrer!
REFRÃO