No varal a roupa ao vento
E no vento a voz da rua
E na rua o transitar
Gente apressada a passar
Na parede o calendário
no calendário outro dia
E no dia a mesma espera
de nada esperar um dia
No umbral da ´porta já torta
A sombra o sombrio olhar
E no olhar coisas mortas
Que ninguém irá velar
O assovio no asfalto
O assunto a semana inteira
Na esquina,no bar,na feira
E a roupa no seu varal
E esse dia tão normal
Tão normal, tão normal