Essa vanera serrana, coisa igual eu nunca vi
A vovó vira menina e o vovô vira guri
Dois pra lá e dois pra cá, levanta poeira do chão
E o Rio Grande se alegra num fandango de galpão
Nessa vanera serrana bate forte o coração
Bate a cerveja na mesa e bate coxa no salão
Nessa vanera serrana bate forte o coração
Bate a cerveja na mesa e bate coxa no salão
A peonada arrasta o pé, corcoveando a noite inteira
E o gaiteiro entonado floreia desta maneira
Corre os dedos no teclado, na baixaria provoca
Num compasso galponeiro de arrancar tatu da toca
A criançada se abraça e corre para o salão
E é tão lindo de se ver a prendinha e o peão
Nossos costumes revivem num sentimento profundo
A tradição se renova trazendo esperança ao mundo
Ao som de gaita e violão até a noite se apequena
O galpão fica mais lindo com com o sorriso da morena
Quando o baile chega ao fim a cavalo eu vou me embora
Assobiando essa vanera e ouvindo o tin-tin da espora