Tudo, a seu tempo, há de fazer sentido
Ao saber o que ainda desconheço
E contemplar o mundo pelo avesso
Perfeito, renovado, corrigido
Se tanto mal podia não ter sido
Se tanto bem não teve o seu começo
Se a traça rói a trama que entreteço
Se o vento leva o sonho mal vivido
Mesmo que o tempo avaro e tão fugaz
Me negue um pôr do sol cheio de paz
À sombra do carvalho preferido
Quando a Porta se abrir, de par em par
Divina Luz virá me iluminar
Tudo, a seu tempo, há de fazer sentido