Ai que saudade que eu sinto de você,
Nosso roçado e a capoeira de algodão.
Ainda lembro dos primeiros acordes,
E da primeira canção.
De manhã cedo antes de tomar café,
A passarada começava cantar.
Cantava o galo de campina,
O bem-te-vi e também o sabiá.
Meu Ceará querido,
Ai como gosto de ti.
Tua terra fecundada,
A Serra da Ibiapada,
E o vento Aracati.
Meu Ceará querido,
Não vou esquecer de ti.
O teu sol e a jangada,
A Serra da Ibiapaba
E o vento Aracati.
Ainda lembro do banho lá no açude.
Festa do milho e debulha do feijão.
E aquela rede que eu armava no alpendre,
Era toda feita à mão.
E a saudade continua no meu peito,
Não há quem possa apagar essa paixão.
Será pra sempre meu eterno companheiro,
E a minha inspiração