No lombo manso do rio
Encilho minha canoa
Que num galope macio
Me mostra que a vida é boa
Neste flete flutuante
Garimpando meu sustento
Peixes dorso de diamante
Precioso alimento
Eu agradeço ao rio
Por cada piava pescada
Pra encher o prato vazio
Dos piás e da minha amada
/ Podem dizer que sou louco
Não dou bola, não me achico
Sei que tenho muito pouco
No entanto sou tão rico /
No palco da natureza
Todo show é entrada franca
Vagalumes, que leveza
Vão bailando nas barrancas
Borboletas coloridas
Pousam bandos já bem cedo
Como flores dando vida
À cor cinza do rochedo
E a festiva cantoria
Do irrequieto passaredo
Derramando alegria
Lá do alto do arvoredo.
Refrão