Não há nada escrito nas cartas sobre a mesa
Uma garrafa de vinho vazia que o tempo bebeu
Eu rabisco os versos doidos, organizo os pensamentos
E pensando em ti, às vezes me pego num sonho meu
Indo pra longe, muito longe
Muito além do horizonte
Que meus olhos, com teus olhos
Podem ver
Alucinados no amanhecer
Eu me desfaço das virtudes evitando os preconceitos
Sou compulsivo e tento me adequar
Às coisas diferentes, novas e atraentes
É uma maneira coerente de pensar
De amenizar, tranquilizar, deixar rolar
Longe das confusões do coração
Das limitações da mente e das coisas como são
Sem promessas formais, contradições
Há males que pro bem vieram, sem más intenções
Lá, lá, lá