Pás-sa-ro, não sei qual, can-tou;
E a mata, em silêncio, escutou.
Era canto de amor, poesia
Era canto de amor, poesia.
Cachoeira, lá longe, res-pon-deu
E toda a mata se encheu de harmonia;
Era canto de amor, poesia
E toda a mata se encheu de harmonia.
Dia raiou, sol brilhou, despertou quem dormia;
Cheiro de chão se dispersou
Por todo o canto que havia.
Riacho, do seu jeito, mur-mu-rou
A única canção que sabia;
E o vento, de espalhar, se o- cu- pou
E então começou, na mata, sinfonia.
E era só mais um dia E era só mais um dia E era só mais um dia E era só mais um dia
E do jeito que o dia rolou, condições não havia
De não ver Quem criou, não ver Deus, que agia;
O homem, então, percebeu - Fim de toda a heresia -
E em cada cor percebeu que perdeu sintonia.
Pás-sa- ro, não sei qual, cantou