Sertão vazio gigante adormecido, coração ferido por golpes fatais.
Ninho sem ave jardim sem flor, começo de dor final de uma Paz.
No seu recanto cheio de tristeza, chora a natureza o riacho murmura!
Vivo na cidade, sou um pobre coitado; longe do roçado colhendo amargura
Os donos do mundo com golpes vibrantes; meu sertão gigante fez adormecer.
Velhas tradições caíram pra sempre; ficando somente a brisa a gemer.
Descendo serra entre verde mato; soluça o regato despertando a fonte.
Até a lua que era risonha; parece tristonha lá no horizonte.
Sertão vazio devagar vai morrendo; em silêncio sofrendo a destruição.
Igual tecido desfeito em retalho; gotas de orvalho sumindo no chão.
Lágrimas de sangue derramando eu vejo; muitos sertanejos com alma ferida.
Meu sertão vazio dorme soluçando acorda chorando nas manhãs sem vida.
Aqui bem distante um grande desgosto; sentindo no rosto meu pranto cair.
As grandes cidades sem agriculura, ninguém segura tua marcha-ré!
- Querido sertão, poderosa raiz; sem você meu país não aguenta de pé