Oh! Heliodora Trago coisas de você,
minha cidade,
no coração e me ponho a sofrer
Meu violão chora triste de saudade
daquela felicidade que ficou lá para trás.
Os meus amigos hoje estão todos mais velhos
e muitos deles já se foram para Deus,
estão em paz e eu me encontro nesta vida
tão carente desses tempos que se foram
e não voltam nunca mais.
Sou seresteiro, aquele grande rapaz,
extrovertido,
chorando o tempo que ficou lá para trás,
indefinido
Os companheiros de seresta foram embora,
o que me resta de outrora
é a saudade que me mata.
Cadê Rosana?
Onde estão todas as musas,
aquelas gatas intrusas que pediam pra cantar?
Cadê o Cuca, o Regis, o Tiça, o Té,
o Renato, o Zinho, o Zé e o Bigode lá do Bar
Fui seresteiro, um grande sentimental,
pode crer;
já me dei bem e também me dei mal,
como vê
Já fiz sofrer a quem muito me queria
mas, também, dei-lhe alegria,
os sonhos que possuía.
Eu fui boêmio, um sonhador descontrolado;
fui pra muitos um desalmado
e pra outros fui herói.
E hoje o tempo não perdoa,
estou assim
A lembrar a vida boa
E com saudades de mim