Há quanto tempo não vou à minha terra
naquela serra onde me tornei varão
Na minha infância carente,entregue à sorte
conheci de perto a morte passei fome,privação
tem nada não
Ai que saudade eu tenho da minha terra
e das bistegas que ia dar no ribeirão
Do meu bodoque,do meu cão e do ferreiro
que no meio do terreiro cantava na minha mão
Do meu bodoque,do meu cão e do ferreiro
que no meio do terreiro cantava na minha mão
Das brincadeiras proibidas com a Rosinha e também
com as mocinhas no meio da plantação,meu Deus
Das meninices,brincadeiras e travessuras
farinha e rapadura à margem do ribeirão
e Zé limeira ponteando a viola
alumiando a aurora,a fogueira,o sertão
Ai que distante estou da minha terra
às vezes penso em voltar pro meu sertão
Mas o bom Deus vendo o apavoramento
me deu logo dois rebentos,uma mulher e um violão
e abrandou meu coração, meu coração
E já não sinto saudade da minha terra