Só quem não te conhece
Bem no fundo não pode entender
Teus arranha-céus, neste escuro véu
Sem o lume das estrelas
Só quem não te conhece
Ó cidade, não pode entender
Teu postal sem cor, o real valor
Que se oculta em tuas sombras
Universo de luzes e promessas, vitrine de ilusões
Teus metais brilham mais, no olhar dos inocentes
Dia a dia o sol
Abre seu farol sobre pedras
Ilhas de ancorar corações solitários
Nas multidões
Teus caminhos cruzados
Viajantes de toda direção
Teus mortais, sonham mais, com ares do sertão
Passageiros da paisagem
Estações que vão no vento
Em teu coração São Paulo