Tenho saudades de um tempo que nunca vivi por aqui
Do cheiro daquela flor que em bosque nenhum eu colhi,
Do eco de uma melodia que em canto nenhum eu ouvi
Daquela pátria distante que existe aqui dentro de mim
Por quê? Esta ânsia insiste em chegar? Esta dor que resiste em ficar?
Se há fome, eu irei saciar! Ah! Que saudades daquele jardim
E do encontro que, na viração, me trazia alegria e canção.
Tenho lembrança que sou semelhança de Quem tudo fez
Sou Sua feitura e preciso de uma refeitura de vez
Sou fugitivo e me é necessário retornar ao lar
Sou destrutivo e devo rever a atitude e mudar
Criar! Filhos, livros, amigos, canções,
lares, bichos, lareira, pomar e ter tempo pra ao próximo amar
Ah! No caminho de volta, talvez, eu não erre mais a direção
e encontre sentido e razão
No novo dia cheio de alegria que irei celebrar
Na esperança de ver o renovo no grão que eu plantar
E na festança de uma criança que se aconchegar
Em todo verso que ensina o gesto de Cristo imitar: Se dar