Quando a sina lá de fora, campo afora, perde seu rumo
A dor inventa um luzeiro e acende seu próprio mundo
Um potro manso preguiça e uma mala lanhando a garupa
O silêncio tirando um costado e o vento que nele se amonta
(Sou de casa meu compadre, e além do mais sou um cantador
As cercas que eu ando amurando são as causas do meu desamor)
Int.
Um dia desses dou de rédeas e de sonhos me emborracho
Vou ser por mim só por mim ventania talvez por sorte um riacho
( )Int.
Vou juntar na mangueira cada sonho guaxo que ainda não marquei
Vou luzir na aurora um clarão de espora que eu nunca apaguei
Vou voltar pro rancho, pendurar o poncho e refazer a lida
Vou cortar os ramos, vou quinchar os anos que eu tenho de vida