Quisera ser de outros tempos
De dantes, de muito antes
Quando centauros andantes
Amanheciam na luta
Quisera ter sido o tombo
Do primeiro sobrelombo
Na primeira reculuta
Quisera ter sido o chasque
Do feitiçeiro charrua
Marcando um quarto de Lua
Pra que um gaúcho chegasse
Quisera andar pelas covas
E furnas como o índio Blau
Pra vencer as sete provas
Dos feitiços do Jarau
Quisera ser a chispada
Do fogaréu de um corisco
Deixando apenas o risco
Na grama recém molhada
Quisera ser a clavada
De luz coloreando o sangue
No matambre do infinito
Quando prenderam o grito
E amanheceu o Rio Grande
(compassos 3 a 18)
Quisera ter sido o chasque
Do feitiçeiro charrua
Marcando um quarto de Lua
Pra que um gaúcho chegasse
Quisera andar pelas covas
E furnas como o índio Blau
Pra vencer as sete provas
Dos feitiços do Jarau
Quisera ser a chispada
Do fogaréu de um corisco
Deixando apenas o risco
Na grama recém molhada
Quisera ser a clavada
De luz coloreando o sangue
No matambre do infinito
Quando prenderam o grito
E amanheceu o Rio Grande
(outro)