E seu colher a flor do teu sorriso
Transformo essa secura e essas cigarras
Em umidade quente, quente, quente, quente, quente como a gente
No meio dessa gente indiferente
Se eu tirar o véu da tua alma
Eu rompo a fronteira entre este lago
E essa cidade quente, quente, quente, quente, quente como nós
No meio dessa triste urbe e sem voz
E seu provar do mel da tua boca
Será a sensação de erva ou pó
Ou qualquer coisa quente, quente, quente, quente, quente como um beijo
De um fauno ardendo em febre de desejos
E seu sugar teus dentes com volúpia
Convenço-te da inutilidade
Desse poema quente, quente, quente, quente, quente ao falar-te
São teus o meu amor e a minha arte