Assisti a primeira reunião
Num centro espírita
E ao sair alguém me perguntou
Se eu era espírita
Eu lembrei sermões e condenações
Bruxaria e seita herética
E pensei, assim, que disseram-me
“sem perdão de Deus para tais ateus
Pois ali o mal reina por igual”
E erguendo a mão disse que NÃO!
Pouco após comecei a estudar
Doutrina espírita
E outro alguém de outra vez quis saber
“És tu espírita?”
Gente, eu nada vi do anticristo aqui
Nem blasfêmia, nem culto satânico
Respondendo, então, com forte emoção
A pensar no bem que do céu nos vem
E por ser feliz de ser aprendiz
De doutrina assim, eu disse sim!
Mas o tempo passou e eu que amei
No ensino espírita
Compreendi que não posso afirmar
Que sou espírita
Se eu que vejo a luz
Não aguento a cruz
E as lições do Cristo em minha vida
São ainda inéditas
Não perguntem mais
Vou tentando entre quedas e acer- tos
Dizer não aos meus próprios defei- tos
Vou tentando dizer: sim, sou espÍrita!
Se eu que vejo a luz
Não aguento a cruz
E as lições do Cristo em minha vida
São ainda inéditas
Não perguntem mais
Vou tentando entre quedas e acer- tos
Dizer não aos meus próprios defei- tos
Vou tentando dizer: sim, sou espÍrita!