Lyrics of
Quando se Agranda um Fronteiro

Quando se agranda um fronteiro de peito aberto
quebrando a gritos a calma da madrugada
o mundo velho parece que vem abaixo
no rebuliço do bate-casco da eguada
Treme o potreiro na volta da recolhida
mangueira a dentro entra roncando a tropilha
(Am) (G)
alma de estância pras garra que te enforquilha (2x)
Forma cavalo, vira a frente, cai pegada
Quem não se amarra com as pobreza se judia
Pra tirá um naco da lua numa trompada
Ou corta o rastro do sol ao clarear do dia
Sou peão campeiro da estância do Batovi
E lida bruta é como um verso se rima
(Am) (G)
Marca de taça quando não vai cai por cima (2x)
Tenho de sobra destreza e força no braço
Venho empurrando a estouro e a cabo de mango
O meu destino que é mescla de vento e terra
Marcada a casco de charoles e poleando
Erguendo sonhos e esperanças pela cola
Porque as volteadas da vida são desaforos
(Am) (G)
Que pouco a pouco vão costeando o índio touro (2x)
Sigo adelante repontando a mala suerte
Campeando anseios que se alçaram campo a fora
Porque o campeiro que conhece a volta braba
Sabe que um taura morre de pé mas não chora
Sou peão campeiro da estância do Batovi
Deus me proteja do entrevero das bolcadas
(Am) (G)
De um grito triste sem rumo na madrugada (3x)