Na tarde morna, num gateado venho ao tranco
Só com o balanço das esporas garroneadas
Campeando o rumo de um sol lindo em pelo baio
Num céu de maio clareando a branda mirada
Tenho por cismas de vaguear assim a esmo
Pra achar eu mesmo, que muitas vezes não falo
Pois trago um mundo mão na rédea, vento ao peito
Este é meu jeito quando saio a cavalo
Bater de cascos melodia aos ouvidos
Basto rangendo e o som de ferro do freio
Vem resfolegos e relinchos do gateado
Cantar sagrado de uma tarde no rodeio
Suor nas botas de encontro a braga na pança
E a confiança de quem se vai estribado
A rédea - um elo- da mão a guiar caminhos
Num trotezinho de andar despreocupado
Quisera a vida perpetuar as imagens
E dar paragem num plano além do seu
Quando me for vou emalar meus arreios
E parar rodeio de a cavalo junto a Deus