Às vezes penso imagino coisas que fascinam
Lembro aquela gente linda de Gandu Itamari
A limeira onde eu nasci não me sai da lembrança
Aquela roça minha infância doce tempo que vivi
Lembro o meu pai cansado com suor no rosto
Trabalhando sol a sol, de inverno à verão
Minha mãe de lenço branco cuidando da gente
Sempre com esperança no coração
Ás vezes penso imagino coisas que fascinam
Lembro aquela gente linda de Gandu Itamari
Sempre havia festanças na sede da fazenda
A minha prima Celina chamava agente pra lá
Lembro quando agente ia tomar banho nos rios
Era mês de setembro e um sol de verão
Às vezes as meninas iam com a gente
Sempre com os amigos e um violão
Ás vezes penso imagino coisas que fascinam
Lembro aquela gente linda de Gandu Itamari
A limeira onde eu nasci não me sai da lembrança
Aquela roça minha infância doce tempo que vivi
Lembro minha mãe subindo a ladeira da fonte
Lembro a casa de farinha, os coqueiros e o quintal
Hoje lá onde eu nasci tá tudo diferente
Aquela casa, aquela roça, o homem desfez
O tempo passa transformando, envelhecendo a gente
Quem sabe rabiscando um quadro, vejo outra vez!