Fechaste as portas do teu mundo
Na esperança de ele se encontrar
Vais contando o tempo quase ao segundo
Parece não querer passar
Faz de conta que está tudo bem
E andas ás voltas quando estás a sós
Gritos mudos que só tu entendes
O profundo silencio que é a tua voz
Não precisas de te esconder
Ninguém te vai encontrar
O que está escrito na tua pele
Só tu para o decifrar
Num quadro teu, traço a pincel
A história da tua vida
Escrita, sentida, tatuada na pele
Quem lá, escreveu, com a tua permissao
Nem sequer, nem sequer percebeu
E perdeu, passou-lhe a pele por entre as mãos