Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja um sinal de glória
Vejo um muro branco e no vôo um pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal
Mensageiro natural, de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava deste temporal
Você não escutou
Você não quer acreditar, mas isso é tão normal
Você não quer acreditar, e eu apenas era
Cavaleiro marginal, lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvores
Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava da janela lateral
Do quarto de dormir você não quer acreditar
Mas isso é tão normal você não quer acreditar
Um cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Você não quer acreditar
Colaboração: Marcos A. D. Barbosa