Comparo o povo a um rio
E ponho na minha ideia
Que durante anos a fio
Pode ser calmo esse rio
Ignorando a maré che _ i _ a
Se os rios querem um dia
As suas águas juntar
Por mais força se que tenha
Não há nada que detenha
A vonta_de popular
Se os rios correm pra o mar
Eu penso que na verdade
Os povos, no seu lugar
Correm para o imenso lago
Que se chama, liberdade
Se os rios correm pra o mar
Ao vê-los, eu adivinho
Já nada os fará parar
E não há forças capazes
De os deter no seu caminho
Quando um rio se espreguiça
Devagar, ou impiamente
Quem o vê, dá-lhe na ideia
Que ele converse com a areia
Como a dizer um segredo
Não me esqueçam que esse rio
E os povos, que iguais são
Quando a razão os uniu
Pôde dar um mar bravio
Que se chama multidão
Se os rios correm pra o mar
Eu penso que na verdade
Os povos, no seu lugar
Correm para o imenso lago
Que se chama, liberdade
Se os rios correm pra o mar
Ao vê-los, eu adivinho
Já nada os fará parar
E não há forças capazes
De os deter no seu caminho
Se os rios correm pra o mar
Ao vê-los, eu adivinho
Já nada os fará parar
E não há forças capazes
De os deter no seu caminho