Quando eu vi aqueles olhos verdes como nenhum pasto
Cortantes palhas de cana
De lembrá-los não me gasto
Desejei não fossem embora e deles nunca me afasto
Vivemos a desventura de um mal de amor oculto
Que cresceu dentro de nós
Como sombra, feito um vulto
Que não conheceu afago, só guerra, fogo e insulto
Na noite grande, fatal, o meu amor encantou-se
Desnudo corpo inteiro
Desencantado mostrou-se.
E o que era um segredo sem mais nada revelou-se
Sob as roupas de jagunço corpo de mulher eu via
A Deus, já dada, sem vida
O vau da minha alegria
Diadorim, Diadorim, minha incontida sangria