Lyrics of
O Homem Que Viveu Trezentos Anos

O homem que viveu trezentos anos
Virou um pré-adolescente revoltado
Aos setenta, logo que ficou sabendo
Havia sido adotado
Guardou pra si a cura de toda mazela
Numa tigela oculta, espécie de guisado
O elixir da cabeleira farta e bela
E do corpão todo sarado
Questionado se guardava algum desejo
“Ver o mal da corrupção ser extirpado”
E que, ao vê-lo com uma “gatinha de noventa”
Não o chamassem de “safado”
Escolheu partir, pois a noção de eterno
Mais do que a morte o deixava assustado
Ele mesmo sugeriu botar no laudo
Causa mortis: “enjoado”