Minha vida está numa corda bamba
Quanto mais balança mais me sinto bem
E conforme toca danço frevo ou samba
Onde o vento vai é que eu vou também
Vivo num deserto esbanjando água
Sei tirar da mágoa o que me convém
Faço poesia da minha paixão
Mas meu coração não é de ninguém
Moro no braço da viola
Passeio em cima dos trastos
Toda mágoa que me amola
É na viola que eu afasto
Quem canta seu mal espanta
Moda boa eu sei pro gasto
Qualquer dia desses perco a paciência
Sei que não compensa mas eu vou tentar
Mudar esse mundo à minha maneira
Eu quero ser livre só pra variar
Chega de dizer que o pobre não tem sorte
A lei do mais forte eu quero derrubar
Se eu não conseguir esse enorme feito
Me dá o direito ao menos de cantar
(Refrão)