Sempre que a noite se deita, nas planuras do meu pago
Um ânsia estradeira brota na espumado amargo
Troco a cuia pelas garras, no pingo faço um aparo
Saio a buscar as bailantas, pra gastar com essas percantas
Essas patacas que trago
Eu sou filho de perdiz, perdido pelas toceiras
Me basta pra ser feliz uma china dançadeira
Cheirando a mangericão, com feitiço nas cadeiras
Pode ser de contrabando dessas que vivem bailando
Pelos galpões da fronteira
/Quero um tranco de vanera, Quero um tranco de vanera
Pra beliscar essa china no meio da povoadeira
Quero um tranco de vanera,quero um tranco de vanera
Num baile de chão batido de pura cepa campeira/
Quero um tranco de vanera que da sala não me mexo
Pois ando mais retoçado do que gato de bolicho
Se a chinoca der entrada na contradança me espicho
Nas asas da madrugada sinto minh`alma embalada
Nos braços deste cambicho
Dê-lhe fole seu gaiteiro porque eu tô de bota nova
E é feita de couro cru, tenho que dar uma sova
Se essa changa não se achica, levo na base da trova
Sou pior que sola de mango, só vou deixar de fandango
Se tiver com pé na cova.