As nossas capas rotas velhinhas
Todas de negro tremem no ar
São andorinhas, são andorinhas
Que se preparam para migrar
As nossas pastas foram bordadas
Por mãos de fada ou noiva ou mãe
E as pobrezinhas, abandonadas
Choram de mágoa, tristes também
Depois das aulas, todos com elas
Toca p'rá Baixa, para as mostrar
E das janelas, tristes donzelas
Por estre os vidros, a suspirar
As nossas capas rotas velhinhas
Todas de negro tremem no ar
São andorinhas, são andorinhas
Que se preparam para migrar