Como não se vê o tempo, não se vê também a nossa solidão.
Cegos, tolos, distraídos, qual a profissão?
Pelas ruas, sem juízo, passam carros, como passa nossa dor,
São sorvetes coloridos nas vitrines, mas sem nenhum sabor.
E eu só queria saber
Eu só queria saber
Onde é que vai a mul-ti- dão, se sempre es- tá como pi- ão?
Giran-do só, furando o chão, cavando a-reia .
Gira pe- ão!
São distantes os lugares quando é vazia a imaginação,
Voaria quem quisesse se dissesse não
Às verdades construídas sobre preconceitos sem nenhum valor,
Para as teses estabelecidas sobre tudo que se diz do amor.
E eu só queria saber
Eu só queria saber
Onde é que está a tu- a mão? Vem me ti- rar desta ra- zão.
Vamos voltar à infância então, vamos brincar,
Ser e- mo- ção!