Não falamos do Bruno
Não, não, não
Não falamos do Bruno
Mas, íamos nos casar
Tudo estava pronto
Não havia uma nuvem no céu
Bruno chegou, já tocando o terror
Trovão!
Você quer assumir o meu papel?
Bruno diz que vai chover
E eu começo a me perder
Já começa a escurecer
Não falamos do Bruno
Não, não, não
Não falamos do Bruno
Ei! Eu cresci com medo
De escutá-lo gaguejando
Posso até ouvir o som
Do Bruno murmurando
Com um som de areia
Que não para de escorrer
Bruno, com seu dom
Foi nos assustando
Toda a família
Foi aos poucos pirando
Com suas profecias
Tão difíceis de entender
Dá pra entender?
Ser abismal, vive no porão
Se chamar o tal, verás o apagão
Quando for dormir, vai te consumir
Não falamos do Bruno
Não, não, não
Não falamos do Bruno
Falou: seu peixe irá morrer, e morreu
Previu o meu barrigão, e deu no que deu
Me disse: seu cabelo vai cair e aconteceu
Não vai fugir se a sorte te escolher
Me falou que a vida ideal
Num momento, viria pra mim
Me falou: seu poder vai crescer
Como as vinhas deste jardim
Me falou que o homem pra mim
Não seria só meu
Seria de outra
Escuto a sua voz
Escuto a sua voz
Ouço a sua voz
Hum, Bruno
Sim, sobre o Bruno
Eu tenho que entender quem é o Bruno
Então me diga a verdade
Bruno
Ser abismal, vive no porão
Se chamar o tal, verás o apagão
Quando for dormir, vai te consumir
Trovão!
Você quer assumir o meu papel?
Ser abismal, vive no porão
Se chamar o tal, verás o apagão
Quando for dormir, vai te consumir
Não fale do Bruno, não
Não mencione o Bruno