Os meus dias findam nas coli nas os meus olhos teimam em olhar
Só lembranças ficam nas retinas de um tempo que não voltará
Os meus sonhos morrem nas Auro ras os meus medos fazem-me calar
Beijo o sol enquanto passam as horas e o silêncio vêm me acompanhar
O mourão prostrou-se ante o tem po o galpão mudou-se de lugar
O piquete é túmulos e ventos nem os quero-queros vivem lá
Poças d'água não são mais espe lhos pra que a lua possa se olhar
Cada mate é um gole de lembranças dessas que o peito não suporta
Almas que galopam na estância entram sem que alguém abra a porta
O presente invade meu passado e o futuro quer o meu lugar
Nesta noite vou montar no baio e pra querência eterna viajar
Eu já posso ver os quero-que ros e a porteira que aberta está
Um peão com um gesto tão fraterno me convida para chimarrear