O sul que me arregla o passo
Assenta os bastos no meu cavalo
Emala um poncho campeiro
Buscando aperos para monta-lo
Afirma o pé no estribo
Conforme o tino da sua laia
E sangra a saudade xucra
Aguando as rugas na minha cara
A dor que encilha o mate
Mangueia em parte o que rebanha
E apanha quando se nega
Banqueando as rédeas do coração
Talvez logo ali por diante
Ela se amanse pela campanha
Nos braços de uma milonga
Cortando o campo pra Uruguaiana
E saio a camperear saio a camperear no más (2x)
Até lavar a alma no rio Uruguai
A lo largo encurtando léguas
Boleio a perna enquanto escrevo
E apeio a prosa com o pingo
atirando o freio
O amor que sustenta a casa
Arrasta as garras pela mangueira
E atora acha-de-lenha
Trocando orelha com a criação
Assim de violão no colo
Esfrega os olhos pela querência
Quarteando outra milonga
Atando a doma enquanto pensa
E sai a camperear