Eu hei de cantar por toda vida
Minha Mocidade, escola querida
Nessa disputa
Verás que um filho teu não foge à luta!
(Não)
Louco, apaixonado
Voar, sem limites sonhar
Desperta Cervantes do sono infinito
Que a luz da estrela vai guiar
Quixote cavaleiro delirante
Avante! Moinhos vamos vencer
Errante acerta o rumo da história
“Pras” manchas desse quadro remover
Pintar nessa tela, a nova aquarela
E hoje enfim devolver
A honra do negro, a tal liberdade
Que sempre haveria de ter
Ainda é tempo eu vou contra o vento
Não há de faltar bravura
De Ramos à Rosa, meu dom encontrei
Nos braços da literatura!
Vai na fé… Meu bom cangaceiro
“Ser tão” Conselheiro regando as veredas
Caminhando e cantando, uma nova canção
Nas mãos uma flor pra calar os canhões
Faz clarear as tenebrosas transações
Lavando a alma da “Mocidade”
Lançando jatos de felicidade
Vencer mais um gigante nessa história surreal
Numa ofegante epidemia que se chama
Carnaval Vem ser mais um guerreiro
Eu sou Miguel, Pixote escudeiro
É hora da estrela que sempre vai brilhar!