Nossa festa é de boi-bumbá
Nosso ritmo é quente, amazonense
Tem a cara do Brasil
Coisa assim nunca se viu
É o balanço que imita banzeiro
Tem cheiro de beira de rio
Tem herança do nordeste
Bumba-meu-boi, cabra-da-peste
Tem gingado de quilombo
Tem poeira levantando
Tem rufar de tambores tribais
Sou afro-ameríndio
Eu sou
A própria miscigenação
Sou batucada
Sou a cadência eternizada na toada
A poesia de um amor que se transforma
Em um som que vem da alma
Sou Pai Francisco
Sou Garantido
A garantia que esse amor é infinito
E faz o mundo inteiro amazoniar
Eu sou boi-bumbá
Eu sou boi-bumbá
Sou Parintins, sou a raiz
E o coração de uma nação