Mande um rock yanque para a Perestroika
Um funk black pra África do Sul
E um samba de breque pra entortar o japonês
Toque os ossos da era Paleozóica
Os grossos tons dos tambores Xingus
Pros sons dos computadores endoidarem de uma vez
Uma sonata de Beethoven em heavy metal
Pros que não ouvem como ele pelo ouvido
E que a mulata rebolante pelo carnaval
Tenha seu passo traduzido
Pra todo som dançante internacional
Tome-se proveito de tudo
Toque-se de um jeito onde tudo fale
E onde nada fique mudo
Ref. Troque-se o perfeito sisudo
Pelo som defeito onde tudo é vale do
Rio que nade o conteúdo
Leve um som pesado de Jerusalém para Berlim
Que oriente as ocidentais alemãs
E que desacidente ao fim os muros do planeta azul
Reggae, a salsa temperando o "tum" tupiniquim
De uma polka valsada para o Tio Sam
E um tango caliente para gente gelada dos iglus
Um choro, um xororó de dar dó, de pensar em si
Pra se fazer um nó na gaita do escocês
E sem citar a cítara quando fazendo a vez
De uma guitarra "chama a síndica"
Das farras índicas de se ouvir por aqui
Refrão