Num tempo de tantas preocupações
Sentindo o pesar das desilusões
Dormindo com o peso do mundo sobre os colchões
Ela me disse: eu acredito em ti
O vento frio soprando cruelmente
Intenso leva a poeira do presente
Como seguir cantando se tem tanto amor ausente
Ela me disse: eu acredito em ti
Por pouco quase um louco impulso faz valer
Num medo tenso, intenso, quer tudo morrer
Eu acredito em você, eu acredito em você
Então, sinta-se rico, faça um amigo,
Aposente seu vício, mantenha-se ali
Invente uma graça, não faça pirraça,
Brinque ali na praça e seja feliz
Alimente o desejo, mande-me um beijo,
Ensaie um arpejo, deixe-se rir
Não se irrite de graça, não perca sua raça,
Sinta o ar que te abraça e seja feliz
Os dias longos teimam em não terminar
Querendo a todos pensamentos dominar