O homem é o fogo
Que ainda não foi descoberto.
O bicho racional que não se compreende
E não aprendeu a se relacionar
Uma ilha que se banha ao próprio mar
E vai morrer na vontade de mergulhar
Ele escreve feito um louco
Para não falar sozinho
Ele escreve feito um louco
Para regurgitar os espinhos
Sufocados na garganta do silêncio
Nos quatorze versos
Do soneto
Não vai caber
O que não cabe no mundo inteiro.
O que eu segurei pelas mãos
E jamais conseguiria
Dividir
Em quatro estrofes
Manifesta-se por medo de perder a coragem
De gritar
Pelo que sua intuição mais selvagem
A vida é um poema
Sem métrica
Na escrita das vantagens só de ida
As cartas incompreensíveis
São lidas e relidas
Buscando se encaixar,
maaaaaaaas
Nos quatorze versos
Do soneto
Não vai caber
O que não cabe no mundo inteiro.
O que eu segurei pelas mãos
E jamais conseguiria
Dividir
Em quatro estrofes