A luz da noite quando desce sobre o campo
Mais parece abrir um manto de estrelas a brilhar -
O firmamento de azul todo enfeitado,
É um vestido salpicado de brilhantes ao luar!
E como é lindo a gente ver ao céu aberto
O sertão sendo encoberto, do esplendor que é todo seu!
Tudo surgindo com requintes de beleza
A mostrar que a natureza, só podia vir de Deus!
Aqui em baixo todo o campo orvalhado
Faz um céu todo azulado em perfeita imitação -
Os pirilampos com ciúme das estrelas
Vão tentando convence-las que são estrelas no chão!
As muitas flores, qual noturnas namoradas
Vão se abrindo perfumadas, transbordantes de amor
Mas logo adiante quando o sol romper o dia
Vão dizer que queriam se arrumar pro beija flor!
Clareando o dia é o sol que prevalece
Desde a hora que amanhece até um novo entardecer,
As borboletas, flores vivas revoando,
São matizes adornando nossos rios a correr!
Tudo se passa neste mundo deslumbrante
O tesouro verdejante que tem nome de sertão!
Onde o caboclo a cada estrela que aparece
Canta versos de uma prece, que lhe sai do coração!
Sertão Sertão berço que me viu nascer,
Sertão Sertão catarei até morrer!