Minha égua manga larga, meu cavalo alazão,
Minha bruaca de carga, meu chapéu, meu cinturão,
As esporas prateadas, a guaiaca e o gibão,
Tudo isso já passou virou cidade o meu sertão;
Eu tentei salvar meu sítio , o meu carro e a tradição
Não pude conter as massas e também a evolução
O lugar que era meu, hoje virou invasão
Eu fui desapropriado restou só mágoa no coração;
Todos nós somos culpados por nossa destruição
Por não ter nenhum controle da nossa população
O sertão está vazio só se vê emigração
É mágoa pro sertanejo aceitar esta situação;
Todos os meus apetrechos estão guardados em um galpão
Ainda tenho guardado o álbum de recordação
Daquele tempo passado que ainda tinha meu chão
Pra matar minha saudade frequento as festas de peão.