Preso nessa cela
De osso, carne e sangue
Dando ordens a quem não sabe
Obedecendo a quem tem
Só espero a hora
Em que o mundo estanque
Para me aproveitar do confortode não ser mais
ninguém
Eu vou virar a própria mesa
Quero uivar numa nova alcatéia
Vou meter um Marlon Brandom nas idéias
E sair por aí
Pra ser Jesus numa moto
Che Gueavara dos acostamentos
Bob Dylan numa antiga foto
Classius Clay antes dos tratamentos
Jonh Lennon de outras estradas
Easy Rider, dúvida e eclipse
São Tomé das letras apagadas
E arcanjo Gabriel sem apocalipse
Nada no passado
Tudo no futuro
Espalhando o que já está morto
Pro que é vivo crescer
Sob a luz da lua
Mesmo com o sol claro
Não me importa o preço que eu pague
O meu negócio é viver