Tive um galo azul
Com a pua de prata
Igual uma navalha
Cortava de talho
Pisava o tambor
La pucha, parceiro!
“Inté” o candeeiro
Tremia do malho
A seda da pena
Vestida de noite
“Relâmpo” em açoite
Cortando o retinto
Deixando o azul
Matizar o bagual
E vestir temporal
Um gaudério distinto
Nasceu pra ser lenda
Em noite sem lua
Escrevendo a pua
Meu galo bagual
Que a cada degola
Vivia um templário
Batizei de Lisário
Pra ser general
Nasceu pra ser lenda
Em noite sem lua
Escrevendo a pua
Meu galo bagual
Que a cada degola
Vivia um templário
Batizei de Lisário
Pra ser general
Parecia se erguer
Do calor de uma gesta
Com “vincha en la testa”
E furor sanguinário
Fazendo beber
O sangue com terra
Mostrando a guerra
Pro adversário
Desde a casca o destino
Nascer peleador
De ser esporeador
Quando a vida “invitá”
Maestro de briga
Façanha e bravata
“Destreza en la pata
Y sangre calcutá!”
Quando a noite tirana
Anuncia tormenta
E um “relâmpo” arrebenta
O céu meridional
Te vejo, amigo!
Crioula legenda
Que nasceu pra ser lenda
E vestir, temporal!
Quando a noite tirana
Anuncia tormenta
E um “relâmpo” arrebenta
O céu meridional
Te vejo, amigo!
Crioula legenda
Que nasceu pra ser lenda
E vestir, temporal!
Que nasceu pra ser lenda
E vestir, temporal!