Ao trote pego o rumo dessa estrada No findar da madrugada Quero apear na tua cancela Pois brilha teu olhar de lua mansa No compasso que balança Refletido na barbela O cheiro do orvalho que apeia Numa flor de pitangueira Quando cruzo na tapera É o mesmo que se encontra perfumado Na querência dos teus lábios Me esperando na janela Florzita de campo, flor de tapera Teu doce de encanto detido no campo Pra um sonho te espera Florzita de rancho, bordando a janela Semblante moreno, olhar com sereno Desta primavera... O vento molda a pampa de canhadas Pra estender longe a mirada Sobre o vasto das flexilhas E o casco encurtando meu caminho Pra cruzar com teu carinho No afrouxar da presilha Os olhos com lampejos na mirada Quando apeio na ramada Me acenando da janela E os lábios murmurando querendona Pitangueados pelo aroma Que roubou de uma tapera Florzita de campo, flor de tapera Teu doce de encanto detido no campo Pra um sonho te espera Florzita de rancho, bordando a janela Semblante moreno, olhar com sereno Desta primavera...